No mundo dos jovens, não há lei que os impeça de beber álcool
A idade legal mínima para o consumo e compra de álcool vai subir para os 18 anos. No caso da cerveja e do vinho, o Governo cedeu aos lobbies destes dois sectores e decidiu manter nos 16.
A nova legislação visa dificultar o acesso dos jovens às bebidas alcoólicas e contrariar o preocupante aumento do consumo e das quantidades ingeridas pelos adolescentes, comprovado por vários estudos recentes.
O Alcoolímetro foi procurar descobrir o que pensam os principais visados desta medida. Foi para o Bairro Alto e questionou 15 jovens, com idades compreendidas entre os 16 e os 23, sobre o que pensam da nova legislação e tentar perceber melhor os seus hábitos de consumo. A maioria assumiu que começou a beber antes da idade legal permitida e ficou evidente que não há lei que os impeça de beber álcool.
Em Santos, entrou num bar decorado com fotografias dos míticos "Marretas" e confirmou que aquela zona é uma das mais populares entre os adolescentes. Viu alguns a comprar "litrosas" (garrafas de litro de cerveja) numa loja de conveniência e ficou a saber que a "Corridinha", um balde de meio litro com vodka, absinto e red-bull, é uma bebida muito apreciada.
O Alcoolímetro quis perceber também a forma como quatro pais, que têm o hábito de beber em casa, lidam com esta temática. Todos consideram positiva a iniciativa do Ministério da Saúde, mas defendem que, mais do que por via legal, este problema deve ser encarado abertamente no contexto familiar. E pediu ainda a ajuda do presidente da Sociedade Portuguesa de Alcoologia e de uma psicóloga para interpretar as principais conclusões dos últimos inquéritos efectuados aos adolescentes portugueses e saber se bebem mais do que os das gerações anteriores.
João d'Espiney
A nova legislação visa dificultar o acesso dos jovens às bebidas alcoólicas e contrariar o preocupante aumento do consumo e das quantidades ingeridas pelos adolescentes, comprovado por vários estudos recentes.
O Alcoolímetro foi procurar descobrir o que pensam os principais visados desta medida. Foi para o Bairro Alto e questionou 15 jovens, com idades compreendidas entre os 16 e os 23, sobre o que pensam da nova legislação e tentar perceber melhor os seus hábitos de consumo. A maioria assumiu que começou a beber antes da idade legal permitida e ficou evidente que não há lei que os impeça de beber álcool.
Em Santos, entrou num bar decorado com fotografias dos míticos "Marretas" e confirmou que aquela zona é uma das mais populares entre os adolescentes. Viu alguns a comprar "litrosas" (garrafas de litro de cerveja) numa loja de conveniência e ficou a saber que a "Corridinha", um balde de meio litro com vodka, absinto e red-bull, é uma bebida muito apreciada.
O Alcoolímetro quis perceber também a forma como quatro pais, que têm o hábito de beber em casa, lidam com esta temática. Todos consideram positiva a iniciativa do Ministério da Saúde, mas defendem que, mais do que por via legal, este problema deve ser encarado abertamente no contexto familiar. E pediu ainda a ajuda do presidente da Sociedade Portuguesa de Alcoologia e de uma psicóloga para interpretar as principais conclusões dos últimos inquéritos efectuados aos adolescentes portugueses e saber se bebem mais do que os das gerações anteriores.
João d'Espiney
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NOTA DO EDITOR: Este trabalho foi realizado no âmbito do Atelier de Jornalismo Digital promovido pelo CENJOR - Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas e não teria sido possível sem a preciosa ajuda de Herlander Rui (audio) e Ricardo Sant'Ana (vídeo). Um agradecimento especial ao coordenador do curso Miguel Crespo. |